segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Sal para temperar com cuidado para não virar uma bomba!


No passado o sal era utilizado como moeda nas operações de compra e venda, e uma curiosidade interessante é saber que a palavra latina "salário" deriva do sal, já que era com ele que se pagava uma parte do ganho das legiões romanas.

Para conservar a comida também, porque com seu forte poder esterilizador, ele conservava a comida e impedia a reprodução de bactérias. Depois que os alimentos passaram a ser congelados, o sal ganhou a função de dar sabor.



O sal em excesso, porém, traz uma série de problemas como, irritação da mucosa gástrica, retenção hídrica, doenças cardíacas, e para quem já tem hipertensão pode causar doenças renais, cardíacas, avcs (acidentes vasculares cerebrais) entre outras. 

Mas como o paladar do brasileiro está acostumado com altas quantidades, é difícil diminuir no dia a dia. O sal de cozinha tem em sua composição os elementos sódio e cloro, o que resulta em cloreto de sódio. É essa combinação de elementos que confere o sabor salgado.

A ingestão média de sal recomendada pela organização mundial da saúde (cloreto de sódio), é de no máximo 6 g/dia e para sódio 2,4 g/dia. A idade, atividades físicas que a pessoa pratica e doenças que ela possui devem ser consideradas na hora de decidir quanto será consumido. 


Porém, saiba que sal não é sinônimo de sódio: Um tempero pronto para cozinhar, produtos em conserva, embutidos, enlatados, defumados, molho shoyo, sopas industrializadas ou até alimentos light ou diet contém uma grande quantidade de sódio e pouco ou nada de sal.  

Mas o fato de não colocar sal na comida, não significa que você não consome. Alimentos processados industrialmente como o ketchup, produtos em conserva e embutidos são campeões em salgar o organismo. É importante que as pessoas aprendam a ler os rótulos das embalagens dos produtos industrializados.

No caso de dietéticos, a atenção deve ser redobrada, porque eles podem conter teores elevados de sal. Em refeições compradas prontas, também não é necessário salgar. É possível reduzir! - Utilize alimentos com sabores ácidos.

  • Em peixes grelhados podemos utilizar o suco de limão ou laranja para dar sabor aos grelhados;  
  • Varie o tempero de saladas com azeite aromatizado e ervas;
  •  Adicione sal após os alimentos estarem totalmente cozidos para poder controlar melhor a quantidade;


Para não tirar de uma vez o sal da sua alimentação, há alguns tipos que você pode optar: 
  • O Sal Diet contém 100% de cloreto de potássio e salga menos. 
  • O Light tem 50% de cloreto de potássio e pode ser uma boa opção para quem não tem problemas renais e quer proteger as artérias. 
  • Já o Rosa apresenta maior pureza e mais de 70 oligoelementos (Cobre, Ferro, Flúor, Iodo, Magnésio, Selênio, Zinco etc).
  • O Marinho ou Mineral não refinados, podem ser encontrados em diversos formatos e texturas, em formas de cristais, macios, suaves, fortes ou coloridos.Existe uma pequena porção de minerais nesses tipos de sais que não existem nos refinados, que deixa menos salgado, mais saboroso e nutritivo que o sal comum.


Vão aqui algumas sugestões
Aumentar temperos naturais como cebola, alho, alho poró, salsinha, cebolinha, coentro, cominho etc. É preciso ter criatividade para manter a comida sem sal saborosa. Mas diminuir já ajuda ou se possível trocar por um sal light que tem 50% de cloreto de sódio e 50% de cloreto de potássio.  


  • Sálvia: fica ótima com massas e aves. A sálvia pode ser usada tanto em pó como as folhas inteiras;
  • Manjericão: seu gostinho inconfundível é o toque que falta em molhos vermelhos, tortas, saladas ou no clássico molho pesto;
  • Alecrim: a planta confere um sabor leve e especial quando usada na preparação de carnes vermelhas ou peixes. No arroz e em sopas é uma boa pedida também, perfumando o prato e o ambiente;
  • Salsa:  seja ela desidratada ou em folhas frescas, confere aos pratos um sabor leve e agradável;
  • Pimentas: proporcionam sabor ardido e exótico na alimentação;
  • Coentro:  combina com hortaliças, como a couve, o repolho e os espinafres e também com peixes e pato;
  •  Hortelã e menta: os sabores são muito parecidos e, por isso, ambos caem bem como complemento de peixes, carnes e molhos;
  • Louro: caldinhos de feijão, sopa de legumes e carnes recheadas ficam com um sabor todo especial quando acrescentamos duas ou três folhinhas de louro.




Apesar dos problemas, o sal oferece benefícios. Ele ajuda a regular as passagens de líquidos e de substâncias pelas membranas das células e é importante para a transição de impulsos nervosos. Quem não consome uma quantidade suficiente para o organismo, pode ter deficiência de iodo, que é um micro-nutriente essencial utilizado nos hormônios tireoidianos (tireóide), responsáveis pelo controle de diversas partes do metabolismo dos órgãos do corpo humano. 
Recomendações para crianças, idosos e gestantes:

·         Idosos devem consumir 2,9 g/dia de sal.
·         Para as mulheres durante a gestação, quando apresentam um excessivo aumento de peso e de volume de líquido corporal, se justifica a redução da ingestão do sal. As recomendações ficam em torno de 2 a 3 g/dia, o que corresponde a menos de uma colher de chá, e nessa quantia inclui o sal dos alimentos e aquele utilizado no preparo deles. Se a mulher for hipertensa, torna-se obrigatório o controle mais rigoroso, pois a doença pode evoluir, representando um grande risco para a gestante e para o feto. Fora essas duas especificações a orientação é a mesma para adultos.
·         Crianças são orientadas a comer de 4 a 6 g/dia.


Por tudo isso, previna-se e aproveite o melhor dos alimentos!

Para quem quiser entrar em contato com a nossa Nutricionista Camila Belentani, mande um email para belentanis@gmail.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário